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Comunicação organizacional: conceitos para uma gestão mais estratégica

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Comunicação organizacional: conceitos para uma gestão mais estratégica
03/07/2018

A comunicação organizacional é um quesito com prioridade máxima na existência de um negócio. Afinal, é através dela que as empresas se relacionam com diferentes públicos.

O tema é fonte de diversos estudos e muitas considerações. Afinal, por que a comunicação é importante? De que forma sofre a influência da tecnologia? Qual é o seu futuro dentro das organizações?

Siga com a gente e confira as respostas para essas e outras dúvidas! Veja o que vamos tratar neste post:

  1. O que é comunicação organizacional?
  2. A evolução da comunicação organizacional
  3. A comunicação organizacional na era digital
  4. Por que investir em comunicação organizacional?
  5. Desafios e perspectivas para a comunicação organizacional
  6. Conclusão

Boa leitura!

O que é comunicação organizacional?

A comunicação organizacional diz respeito a todas as formas institucionais de interagir e relacionar-se com seus públicos. Seu foco é construir vínculos tanto com membros internos quanto externos.

As dimensões da comunicação organizacional

A comunicação organizacional é apresentada em 3 dimensões: instrumental, estratégica e humana. Entenda melhor o conceito de cada uma delas:

  • Dimensão instrumental: canal ou meio de envio das informações, é feita de maneira direta – sem pesquisa ou análise;
  • Dimensão estratégica: planeja, administra e pensa estrategicamente a comunicação. Seu papel é auxiliar as empresas a perceber ameaças e oportunidades no ambiente;
  • Dimensão humana: tem como maior objetivo o entendimento entre as pessoas. Está voltada para as relações que são construídas e reconstruídas diariamente. É vista como uma via de mão dupla, através do processo de recepção das mensagens.

Formas da comunicação organizacional

Existem 4 formas de comunicação organizacional: institucional, mercadológica, interna e administrativa.

Composto da Comunicação Integrada - Comunicação Organizacional
Kunsch, Margarida M.K. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo, Summus Editorial, 4a edição, 2003. P. 151

A comunicação interna é aquela que trata do envio de mensagens na própria organização. Já quando se trata da comunicação externa, a prática não possui necessariamente vínculo com o fluxo de mensagens entre posições ou cargos distintos. Ela se relaciona com fornecedores de materiais e parceiros, governo e, especialmente, consumidores.

Os modelos mais utilizados para estabelecer essa tática são a comunicação mercadológica (ações direcionadas aos clientes, com foco no posicionamento de produtos e serviços) e a comunicação institucional (diálogo com a imprensa e com a sociedade).

É imprescindível, no entanto, que ambas as formas de comunicação (interna e externa) operem juntas, para aumentar o senso de competitividade das empresas. Hoje, um trabalho eficiente nesse sentido é feito a partir de técnicas orientadas para audiências distintas.

A evolução da comunicação organizacional

Os avanços em agilidade, produtividade e outros fatores resultaram em várias evoluções  para a comunicação organizacional.

Revolução Industrial

A história da comunicação organizacional basicamente inicia na Revolução Industrial, em pleno século XVIII. As mudanças provocadas fizeram com que empresas buscassem novos meios de criar diálogos com o público interno.

Inicialmente, o objetivo era atender apenas às próprias necessidades. Além disso, o foco das estratégias era voltado para o produto.

Porém, isso não se estenderia por toda a vida. Um novo cenário surgiu com o fenômeno da globalização e da revolução tecnológica no fim da Guerra Fria, em 1989. O comportamento das instituições e a comunicação organizacional passaram a ser tratadas de outra forma.

Já não era suficiente promover ações de marketing para falar com clientes habituais. Cada vez mais exigentes, estes cobravam atitudes de transparência e posturas éticas. Com isso, a comunicação passa a ser estratégica e, de preferência, gerida por profissionais.

No Brasil

Inicialmente, a comunicação organizacional no Brasil se resumia à veiculação de boletins, jornais e revistas aos funcionários. A partir da década de 50, este cenário passou a mudar com o processo de industrialização.

Desse modo, o jornalismo empresarial começava a configurar-se efetivamente em nosso meio. As publicações institucionais eram cada vez mais valorizadas e ocupavam um espaço imprescindível para atender às novas demandas do público.

A partir de 1985, com a reabertura política do país, mais possibilidades se abriram para a comunicação. As organizações passaram a compreender, com mais entusiasmo, o porquê de serem transparentes e de criarem ligações com a sociedade pelas vias democráticas.

De olho no futuro

Com a evolução da comunicação organizacional, ao chegarmos até a era digital, foi fácil entender que o contato entre a empresa e seu público também mudou — está mais próximo e individualizado.

Atualmente, usar a tecnologia como uma ferramenta aliada faz com que as marcas cheguem de maneira mais assertiva ao cumprimento de suas metas.

A comunicação organizacional na era digital

A transformação digital na comunicação organizacional mudou drasticamente a maneira de produzir e veicular mensagens. Há muito tempo, ela deixou de ser destinada a apenas um departamento ou propagada em ações isoladas.

Hoje, é preciso ter uma estratégia de presença digital com foco no engajamento coletivo. Novos canais e públicos se desenvolvem, levando em conta as comunidades virtuais e as diversas redes de relacionamento.

Com isso, o ramo corporativo passou a encarar as mídias sociais como uma ferramenta para estreitar os laços com seu target.

Todo mundo tem voz e vez

Essa transformação nos meios permitiu às pessoas sair do papel estático de receptores. Nos tempos atuais, qualquer indivíduo pode consumir, produzir e transmitir informações. Dessa forma, ganha espaço uma narrativa compartilhada e coletiva.

Olhando pelo lado empresarial, isso significa que mudanças são necessárias para realizar o acompanhamento dessa transformação. O consumidor moderno deseja suprir suas lacunas de conhecimento e afetividade. Por isso, uma nova postura deve ser implementada.

O processo para uma comunicação inovadora deve ser interativo e participativo. Assim, o papel das mídias sociais pode ser encarado como um apoio.

Não dá para ignorar

Apesar de toda a discussão sobre a importância da comunicação digital, há empresas que ainda a vêem somente como uma despesa.

É importante aproveitar ao máximo as novas formas de comunicação, a fim de estabelecer vínculos com quem você deseja manter uma conversa proveitosa. Quanto mais ágil e claro for o retorno financeiro da empresa, maiores as chances de atingir positivamente seus colaboradores e clientes, por exemplo.

Ao invés de encarar as redes sociais com desconfiança, uma boa solução é passar a enxergá-las como oportunidades de análise dos hábitos e costumes relacionados ao seu consumidor. Assim, é possível identificar o que ele quer e agindo conforme suas perspectivas.

É aí que entra o monitoramento contínuo para acompanhar o que os públicos falam e como se articulam. Num primeiro momento, pode até parecer algo complexo. Mas, com certeza, vale à pena. Faça esse exercício!

Por que investir em comunicação organizacional?

Ainda são muitas as empresas que questionam os motivos para investir em comunicação organizacional. No entanto, eles não só existem como somam uma grande quantidade. Listamos alguns, a seguir:

Ambiente profissional - Comunicação OrganizacionalAjuda o ambiente profissional

Empresas que não consideram o bem-estar no ambiente de trabalho tendem, como reflexo, a ser mal vistas.

O modo que se relacionam com seus colaboradores influencia diretamente nos negócios. Afinal, quem está satisfeito com a performance das suas atividades produz sempre mais e melhor.

Mesma direção - Comunicação OrganizacionalPõe todos na mesma direção

Ao compartilhar da mesma visão e valores da empresa, os profissionais saberão para onde ir e até onde a instituição quer chegar. Com isso, o entendimento da sua função se torna mais claro, impactando proporcionalmente no processo.

Segundo pesquisa da Gatehouse, existe uma tendência para tornar a comunicação organizacional mais estratégica e menos reativa.

Nesse sentido, as três principais atividades das empresas entrevistadas são: avisos e anúncios corporativos (89%), ajuda aos funcionários para que entendam a estratégia e a metodologia de comunicação da empresa (88%) e engajamento dos funcionários (86%).

Gestão de conflitos - Comunicação OrganizacionalAuxilia na gestão de conflitos

A comunicação organizacional pode contribuir também para a gestão de conflitos entre os funcionários.

Quando todos têm noção do que pode ou não ser feito, isso evita uma série de reclamações e/ou discussões no ambiente corporativo.

Comunicação integrada - Comunicação OrganizacionalIntegra a comunicação

Antes, o mural de avisos era administrado apenas pelo nível hierárquico das empresas. Com ele, o trabalhador se informava, mas dificilmente tinha a oportunidade de sugerir alterações ou tirar dúvidas.

Só que essa forma de se comunicar já ficou no passado. Nos dias atuais, vivemos numa era de novas tecnologias. Principalmente, no que se refere a comunicação. Diante disso, é inviável adotar um relacionamento distante dos colaboradores.

A facilidade das novas ferramentas pode simplificar e aproximar o diálogo entre todos, além de integrar setores da empresa. Canais mais eficientes tendem a oportunizar a participação das pessoas, que, por sua vez, podem propor melhorias.

Quando colaboradores entendem suas atividades e trabalham em prol do crescimento e da sustentabilidade da empresa, sem dúvida, a produtividade é maior. Portanto, investir na comunicação organizacional é uma ótima forma de manter a equipe motivada, focada e muito mais produtiva.

Desafios e perspectivas para a comunicação organizacional

A comunicação organizacional, assim como o método-base, vem mudando rapidamente. Às vezes, numa velocidade superior à que as instituições são capazes de acompanhar. O que era tido como algo inovador há 10 anos atrás, nos dias de hoje não possui a mesma relevância. É aí que as empresas se deparam com grandes desafios!

Um deles está em como lidar com as possíveis falhas de comunicação. Seja pelo excesso ou pela ausência de informação, pela sobrecarga de trabalho, pela distorção e/ou pela ansiedade. Podemos listar várias situações que levam até elas.

Todavia, como as organizações podem evitá-las? Garantindo uma comunicação eficaz, que dá abertura para opiniões em todos os níveis, já é um bom começo. É primordial rever a questão de emissor e receptor, dando mais relevância ao compartilhamento e à coletividade.

A vez da ética

Outro grande problema que surgiu com a tecnologia está ligada à ética. Ela obriga tanto as empresas quanto as pessoas a serem transparentes em suas ações.

Porém, são vários os exemplos da falta dela. Como no idioma que a pessoa preenche no currículo, mas que não domina verdadeiramente. Ou ainda, sobre os dados de poluição que a empresa omite.

Logo, é fundamental que as instituições reavaliem o modo como se comunicam. Talvez seja preciso adotar, até mesmo, uma nova postura diante de alguns assuntos.

Perspectivas para o futuro

Se o cenário é de mudança constante, o melhor a se fazer é olhar para o futuro. Por isso, é essencial que a sua corporação esteja aberta para aceitar novas formas e métodos de se relacionar. Adotar novas práticas e ferramentas de comunicação pode ser um bom caminho para isso!

O formato audiovisual, em que o apelo é mais dinâmico, é um dos recursos que mais se destaca hoje em dia. Aqui, podemos citar como exemplo a TV Corporativa, que auxilia no alinhamento dos objetivos estratégicos, na integração dos colaboradores e na potencialização das ações de comunicação interna, entre outros.

Além disso, o próprio papel do comunicador está mais amplo e estratégico nas empresas. Neste caso é essencial que ele acompanhe todas as tendências do mercado e as aplique no negócio, de acordo com a necessidade e aceitação do seu consumidor-alvo.

Conclusão

A comunicação organizacional não é mais aquela que somente repassa as informações da empresa. Ao longo do tempo, ela passou a ocupar uma função importante e estratégica nos negócios: a de conectar e dialogar.

Assim, chegamos a uma era em que os colaboradores desejam ter suas ideias e anseios ouvidos. A comunicação precisa ser ágil e motivadora, acompanhando as ferramentas com as quais eles estejam acostumados a lidar no dia a dia. E é aí que o uso da tecnologia faz a diferença!

O desafio é grande, pois é preciso que a organização esteja aberta às transformações e a implementá-las. Porém, os ajustes são necessários — e, em alguns casos, urgentes. Caso contrário, as marcas poderão ficar para trás e perder seu espaço no mercado.

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